Tobias 700 - Melhor vídeo no CINESUL2005

12º Cinesul – Festival Latino-Americano de Cinema e Vídeo: Panorama Latino

por: Tony Tramell - tramell@bitsmag.com.br

Confira os vencedores do Cinesul 2005

Melhor Filme da Crítica Especializada e Menção Honrosa
Whisky Romeo Zulu, de Enrique Piñeyro, Argentina

Melhor Vídeo do Júri Oficial
Tobias 700- A História de Uma Ocupação, de Daniel A. Rubio, Brasil

Melhor Filme do Júri Oficial
Mala Leche, de León Errázuriz, Chile

Melhor Documentário Latino-Americano
500 Almas, de Joel Pizzini, Brasil

Menção Especial:
Punto y Raia, de Elias Schnider, Venezuela

O festival Cinesul 2005, além de fazer um panorama da produção
latino-americana, faz homenagens a Gardel e Grande Otelo. O evento que
se consolidou como um dos mais importantes e generosos espaços para o audiovisual latino mostra boa forma.

O 12º Cinesul – Festival Latino-Americano de Cinema e Vídeo continua
até domingo no Rio de Janeiro e segue para Brasília (de 28 de junho a
10 de julho) com os longas da competição oficial. Existem filmes interessantes fora da competição, como o ainda não exibido longa
argentino, No Soy Vos, Soy Yo, de Juan Taratuto, que teve boa
repercussão em seu país natal. Na competição oficial os estilos e as
nacionalidades são diversas. Tem atrações para todo tipo de público: o
cubano 3 Veces 2, longa em três episódios que surpreende pelo ritmo e
roupagem de video-clipe e uma das tramas soar como um Além da
Imaginação
cubano; o chileno Mala Leche que vem sendo comparado ao
nosso Cidade de Deus e que retrata a violência e o flagelo social e da
droga, com influências nítidas de Quentin Tarantino e Trainspotting; o
drama Caribe, produção da Costa Rica, que tem aquele ar de produção
televisiva e trama digníssima de horário nobre da Globo, apesar de ser
inspirado em fatos reais; o boliviano El Corazon de Jesus, que de
forma bem-humorada retrata o protagonista Jesus e suas agruras na
terceira idade, diante do sistema de saúde; o brasileiro Noite de São
João
, adaptação da peça Senhorita Júlia, do sueco August Strindberg;
Punta Y Raya, produção conjunta da Venezuela, Espanha, Chile e
Uruguai, sobre o conflito na fronteira entre Venezuela e Colômbia
em tempos de nacionalismo exacerbado; Adan y Eva (Todavia),
experimental mexicano, recheado de cenas sexuais, quase sem dialógos e
um desperdício de tempo.

O novo cinema argentino mostra força com Whisky Romeo Zulu, de Enrique Piñeyro (ator de Esperando o Messias) que no filme,
baseado em fatos reais e na experiência do diretor como piloto
comercial da companhia aérea Lapa, documenta as dificuldades e a crua realidade de se trabalhar em companhias aéreas com problemas financeiros e manutenção questionável. Para quem voa com freqüência pode ser visto como filme de terror.

Tem também o curioso Adios, Querida Luna, ficção-científica
sobre três astronautas argentinos que querem explodir a lua, numa
missão sem qualquer conhecimento de outras potências. O que reflete a
prepotência de alguns de nossos hermanos. Divertido em alguns
momentos, curioso (até pelo fato de ter sido filmado em 2001, auge da
crise argentina) e perdido em outros, vale pelo inusitado. Completa a
competição oficial Buenos Aires 100 Km, sobre o cotidiano de jovens
numa cidade pacata e distante 100 Km da capital, como diz o título. É
um rito de passagem dos jovens: amores, ilusões, perda da inocência,
etc. Tem bons atores veteranos, mas a garotada poderia ser melhor.

Esta edição do Cinesul ainda faz homenagem a Augusto Roa Bastos e Ciro Dúran, além de contar com documentários latinos. Nessa fase final, apresenta uma modesta filmografia de seis obras com Grande Otelo e apresenta obras sobre dois ícones tão identificados juntos em Gardel e o Tango.

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